Pela janela do escritório contemplo a imensidão da cidade
que se posta diante de mim.
Vejo a vida tomar o rumo natural das coisas e
acontecimentos.
Dias de sol, de chuva, de trovões e raios, dias claros,
escuros e até mesmo os acinzentados.
Vejo tudo da janela ao lado da minha mesa.
As pessoas continuam vivendo seus atarefados dias.
Conquistando algo aqui, perdendo outro lá.
Caminhando depressa ou lentamente para chegarem em seu
lares – tudo depende do que encontrarão lá.
Vejo os comerciantes com suas rugas de preocupação com o
pagamento dos funcionários no fim do mês e as senhoras que já cumpriram o tempo
de batalhar e agora só disfrutam da liberdade vos concedida.
Vejo sorrisos, olhos preocupados, olhos que sonham, olhos
bravos e até mesmo os decepcionados.
Quem nunca se sentiu pequeno e insignificante diante da
vida??
Da dúvida no futuro nebuloso, medo dos sonhos impossíveis
serem mesmo inalcançáveis, medo das falhas, dos erros, de se perder na
encruzilhada e tomar o caminho errado.
Quem nunca se sentiu tão forte e imponente??
Como se toda vida tivesse um rumo e solução. Como se
todas as coisas ruins perdessem o sentido e tudo que conseguimos administrar
são os sorrisos, as conquistas, a fé no amanha que será melhor e a força que se
cria pra correr atrás daquilo que desejamos.
É não ter medo de si e das pessoas que estão ao nosso
redor.
Felicidade é apenas um estado, como sentir frio, fome ou
ficar com desejo de comer algo.
Assim como as tristezas e decepções também.
A vida é feita de tombos e retomadas. Erros e acertos.
E tudo passa com o tempo, mas depende de nós nos
atentarmos a cada estado que estamos vivendo no presente, é usufrui-lo da
melhor maneira possível.
Nos agarrando a cada fio de felicidade concedida e
administrando as decepções que surgem no caminho.
No final, restará apenas a sabedoria de uma vida bem
aproveitada e as lembranças guardadas no coração, na mente e nos olhos daqueles
que ouvirão muitas história que terá pra contar ;)
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